domingo, 2 de setembro de 2007

Eu engasguei com bala soft


Cara, quem acima de 20 anos de idade não conheceu aquelas deliciosas e famigeradas "Balas Soft"? Então... participo de algumas comunidades no Orkut sobre o assunto e resolvi deixar aqui um depoimento que postei numa dessas comunidades. O relato é verdadeiro...


A vovózinha macumbeira me salvou


Quase fui vítima dessa bala assassina. O ano era 1978 e eu tinha apenas 8 anos. Uma vizinha maldita me deu umas 3 ou 4 balas soft e me chamou p/ ir até a casa da avó dela, que era adepta da religião de candomblé.


Fui eu feliz e saltitante na casa da vovózinha. Ela morava no alto de um morro com inclinação de quase 90 graus. já no pé do morro comecei a descascar a peste da bala. Coloquei na boca e comecei a subir aquela montanha, num dia de verão, com a temperatura explodindo de tão quente.


De repente, do nada, mas do nada mesmo, a demônia da bala escorregou e parou bem no meio da minha garganta. A maldita vizinha subia o morro de mãos dadas e conversando comigo. Só que como ela percebeu que eu estava quietinha e comecei a apertar as mãos dela com tanta força, que parecia quebrar, ela resolveu dar o ar da graça e olhar pra mim.


Foi quando ela entrou em desespero ao me ver completamente roxa, verde, sei lá que cor que era... Foi então que ela começou a me puxar pelo braço e subir o morro correndo p/ chegar na casa da vovózinha.


Nem preciso dizer como eu estava... o ar não passava mais, minhas vistas se embaralharam e meu corpo amoleceu... Eu tava até vendo anjinhos na minha frente... tava certa que ia morrer... ia sim, tenho certeza...


Nisso já havia passado uns 7 minutos até que, enfim, chegou na casa da vovó macumbeira. Ela pediu p/ eu ficar calma (claro que eu ia ficar, não tinha mais nada a perder, minha vida já estava no fim...). Eu só pensava como eu podia ter a capacidade de morrer tão jovem e de forma tão estúpida.


Bom, fiquei calma, e a vovózinha começou a fazer uma oração colocando a mão sobre a minha garganta. Uns 2 minutos depois, estava eu salva, sem nenhuma ardência na garganta e aliviada.


Como a vovózinha não morava perto de mim, eu nunca mais me arrisquei a chupar a maldita bala soft... Sabe lá se aconteceria tudo de novo... Deus me livre, ninguém merece engasgar duas vezes com essa peste!

Um comentário:

Dany disse...

Nossa! Fico imaginando a cena!
A descrição foi tão bem feita que me senti realmente assistindo a cena! Praticamente um clássico da literatura!
Beijinhos da Dany!